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publicado em Saúde
Os Estados Unidos estão vivendo uma polêmica em relação a utilização da chamada maconha medicinal em animais. Uma série de pesquisas recentes indicam que o produto poderia ser muito útil para o tratamento de problemas de saúde como artrite, epilepsia, ansiedade e outras doenças em cães e gatos, sem os efeitos colaterais de remédios tradicionais.
O problema é que os veterinários que defendem a utilização deste tipo de produto estão com medo de violar as leis federais. Pelo menos 30 estados já legalizaram a utilização da maconha medicinal em humanos, mas nenhum deles emitiu cláusulas relacionadas a utilização da maconha medicinam em animais doentes.
A lei federal dos Estados Unidos acaba criminalizando a utilização da maconha, por isso que muitos veterinários evitam até mesmo de falar sobre o assunto. O principal medo dos veterinários é acabar colocando em risco as suas licenças.
Muitos donos de cães e gatos doentes já sabem dos resultados das pesquisas e pedem para os seus veterinários indicar a utilização da maconha, o que causa um conflito. Muitos donos estão tomando a decisão de dar a maconha medicinal para os seus pets por sua conta e risco. Este tipo de decisão pode acabar prejudicando ainda mais a saúde dos animais, uma vez que os donos não sabem a quantidade ideal que deve ser dada.
"Um humano pode receber conselhos de seu médico, mas, legalmente, um cachorro não pode. É bizarro", disse Judy Boyle, de 62 anos, cujo cão Mac vem há anos tomando remédios tradicionais para tratar artrite e ansiedade. O efeito cumulativo dos medicamentos estava causando insuficiência renal em Mac.
Atualmente "os veterinários cometem uma violação da lei da Califórnia se incorporam a cânabis em seus consultórios", disse o Conselho de Medicina Veterinária local. O mesmo vale para a maioria dos estados americanos.