Esterilização de cães e gatos pode ser pauta esta semana

Política pública poderá ser votada na Câmara do senado nos próximos dias.

Por Rodrigo Duarte

publicado em Saúde

Um projeto que envolve políticas públicas de esterilização e controle de natalidade de cães e gatos pode ser um dos assuntos da pauta dos próximos dias da Câmara dos Deputados.  Trata-se do Projeto de Lei (PL) 1.376/03 de autoria do ex-deputado Affonso Camargo (PSDB-PR).

A proposta do texto é criar uma série de mecanismos que mude a forma como o governo trata o problema da grande quantidade de cães e gatos que acabam não tendo um lar. A ideia é trocar o extermínio, que acaba acontecendo quando os animais ficam durante um tempo nos canais municipais e estaduais, pela esterilização para evitar que eles se reproduzam.

O projeto tem grandes chances de ser votado já que acabou sendo incluído no chamado Esforço Concentrado que a Câmara vai fazer a partir desta terça-feira até a próxima quinta-feira. Este mesmo projeto de lei já havia sido aprovado no ano de 2004, mas como acabou sofrendo uma série de alterações no Senado teve que retornar para análise dos deputados e durante 10 ficou parado.

Controle de natalidade

Caso o projeto seja aprovado da forma como consta no texto, o controle de natalidade de animais domésticos no Brasil será feito apenas com procedimentos de esterilização cirúrgica. O texto menciona uma comissão criada com o objetivo de avaliar as diferentes necessidades das regiões brasileiras para conseguir mapear quais são os locais que necessitam de um atendimento prioritário.

O projeto contempla a castração de animais pertencentes as famílias e também as comunidades de baixa renda. Os recursos para conseguir manter uma estrutura de esterilização de cães e gatos sairiam do orçamento da Seguridade Social da União e seriam administrados pelo Ministério da Saúde a partir do Fundo Nacional de Saúde.

Este projeto também conta com apoios de entidades de peso, como a Organização Mundial de Saúde. Uma pesquisa realizada há alguns anos pela entidade revela que o método de sacrifício de animais é muito mais caro e ineficiente do que a adoção do método de esterilização para resolver problemas como a raiva canina e humana.