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publicado em Saúde
Envenenamentos são muito comuns em animais de estimação, muitas vezes por acidente os animais ingerem ou entram em contato com substâncias que podem até ser fatais se não tratadas rapidamente.
Os sintomas de intoxicação são agudos, ou seja, começam e avançam rapidamente.
Causas de intoxicações comuns
- Rodenticidas: venenos para ratos, como o carbamato (chumbinho) e monofloracetato de sódio (mão branca) e estricnina apesar de serem proibidos no Brasil, ainda há muitos casos de intoxicação por essas substâncias;
- Plantas tóxicas: várias plantas de uso ornamental são tóxicas, algumas podem causar irritação de pele e mucosas, mas algumas podem causar distúrbios cardiovasculares, respiratórios e podem ser fatais. Exemplos: Comigo-ninguém-pode, Copo de leite, banana de macaco, saia-branca, espirradeiras, dedaleiras e azaléia;
- Animais peçonhentos: causada por picada de cobras, aranhas e escorpiões;
- Cogumelos: os cogumelos do gênero Amanita são os mais importantes;
- Outros: fármacos, drogas, substâncias químicas como chumbo e mercúrio, herbicidas, inseticidas, conservantes de madeiras.
Primeiros socorros
Em caso de suspeita de intoxicação deve-se levar rapidamente o animal aquecido para um pronto-socorro veterinário. É importante deixar o animal o mais confortável possível e manter a calma, pois o estresse pode acelerar e piorar o quadro. Procurar a fonte do envenenamento e levar amostras para o veterinário se possível, com ela poderá ser feito um antídoto adequado e para manejar o tratamento adequadamente.
Sintomas
Os sintomas não são patognomônicos e dependem do tóxico que o animal entrou em contato. Os mais comuns são irritação, formação de hematomas e até ulceração de pele e mucosas, hipersalivação, dor abdominal, vômitos, diarréias, fraqueza, hemorragias, hipotensão, taquicardia ou bradicardia, hipotermia, dificuldades respiratórias, convulsões, alterações de comportamento, alucinações, contração das pupilas.
Diagnóstico
O diagnóstico é pelo histórico e clínico muitas vezes, mas pode ser difícil, pois há uma infinidade de possíveis tóxicos que o animal pode ter tido contato se o proprietário não souber o que aconteceu. A análise de amostras e do vômito do animal pode ajudar a fechar o diagnóstico, mas como essas análises demoram não se deve esperar o resultado para tratar os sintomas.
Tratamento
O tratamento inclui aliviar os sintomas, uso de antídotos e soros antiofídicos, tentativa de diminuir a absorção do veneno e acelerar a sua eliminação. O animal deverá ser internado e monitorado 24 horas dependendo do grau de intoxicação.
Prevenção
A prevenção consiste basicamente em não deixar os possíveis tóxicos em fácil acesso para os animais.
Em caso de venenos de ratos e outras pragas urbanas em formas de “iscas”, o uso é contra-indicado em locais que o animal tenha acesso, pois mesmo que coloque o veneno em locais altos e escondidos, mudanças climáticas e outros animais podem levar as iscas para perto de seu animal. Não se deve comprar venenos proibidos clandestinamente!
Deixar os animais em ambientes limpos, sem entulhos para evitar o aparecimento de animais peçonhentos. Quando fizer dedetização do ambiente, deve-se conversar com a empresa responsável ou o veterinário de sua confiança sobre a possível toxicidade em animais e quanto tempo ele e a família deverão ficar fora de casa.
Pesquisar sobre a possível toxicidade das plantas da casa e não deixar em fácil acesso.
É importante lembrar que qualquer tipo de envenenamento proposital em animais é crime previsto na Lei de Crimes Ambientais e deve ser denunciada às entidades responsáveis de sua cidade.