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Um dos grandes problemas enfrentados pelos governos e ONGs que defendem os direitos dos animais é saber de uma forma um pouco mais precisa o real tamanho da população de cães e gatos. Por mais que existam algumas estimativas, o número ainda é complicado de ser mensurado, e com isso fica ainda mais complicado estabelecer políticas públicas para enfrentar o problema.
Para tentar ajudar neste levantamento, pesquisadores que trabalham na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo estão trabalhando em um programa de computador que tem como principal função estimar a quantidade de cães e gatos em cada uma das cidades brasileiras. O software foi criado com um algoritmo que permite aos pesquisadores conseguirem um número mais próximo da realidade.
Contribuições
De acordo com a equipe que está supervisionando este projeto, uma das principais contribuições que este tipo de programa pode trazer é municiar os governos com informações que permitam a criação de políticas públicas de controle mais efetivas. Este tipo de medida não é importante apenas para os animais, mas também está diretamente relacionada as questões de saúde pública das pessoas como um todo.
Por mais que o combate a determinadas doenças tenha avançado muito no Brasil nos últimos anos, o Brasil ainda é líder em incidência de leishmaniose visceral na América Latina com cerca de 3 mil infectados por ano, o que representa 90% do total do continente.
Entender o tamanho da população de animais de rua no Brasil é fundamental para que sejam criados mecanismos de prevenção que realmente evitem que este tipo de doença chegue até os humanos, uma vez que a população de cães e gatos abandonados são os grandes transmissores destes males. Além disso, os animais de rua também sofrem com atropelamentos e maus tratos de um modo geral.
O programa está sendo criado e poderá, em breve, ser acessado livremente por órgãos do Ministério da Saúde e também pelas administrações municipais.
Metodologia
Para que o programa consiga chegar em um número próximo de animais de rua no Brasil, o sistema trabalha a partir de um cálculo feito, em termos de percentagem, em relação a quantidade de animais de estimação que mora em uma casa e que conta com pessoas responsáveis por eles.