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Recentemente um grupo de pesquisadores confirmou ter encontrado um fragmento de osso que se tornou o mais antigo do mundo já encontrado pertencente a um cão. Trata-se de um pequeno pedaço do fêmur que, em um primeiro momento, os pesquisadores acreditavam pertencer a um urso. O osso foi achado na costa sudeste do Alasca, onde arqueólogos também descobriram restos de peixes, aves, mamíferos e humanos que remontam a milhares de anos.
Os cientistas afirmaram que o osso realmente pertence ao animal que hoje conhecemos como cachorro doméstico. Os pesquisadores agora trabalham na análise do osso para tentar encontrar uma série de respostas sobre como foi todo o processo de evolução destes animais, especialmente como vieram parar nas Américas.
“Mesmo que você não consiga imaginar como era a vida há 10 mil anos, ainda pode entender a relação entre as pessoas e seus cães”, diz Carly Ameen, zooarqueóloga da Universidade de Exeter, que não participou da nova análise.
Os pesquisadores não acreditam que este osso tenha pertencido a um dos primeiros cães que chegou ao continente americano, uma vez que foram encontradas sepulturas de cachorros no Illinois com cerca de 9,9 mil anos. Mas os pesquisadores acabaram ficando muito empolgadas, pois foram contatados cães com idades muito próximas em duas regiões que podem ser consideradas como muito diferentes da América do Norte.
Acredita-se que os cães domésticos norte-americanos surgiram a partir dos lobos-cinzentos, que tinham contato mais próximo com as pessoas durante o último Máximo Glacial, que aconteceu entre cerca de 26,5 mil a 19 mil anos atrás. Aos poucos, esses lobos foram se tornando cães domesticados em algum momento entre cerca de 40 mil e 19 mil anos atrás.