Por Rodrigo Duarte

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Uma pesquisa feita nos Estados Unidos mostra que os cachorros possuem a capacidade de identificar câncer através do seu faro. De acordo com as informações que foram publicadas junto com a pesquisa, os cães conseguem atingir o índice de até 95% de precisão ao cheirar elementos como amostras de sangue ou de saliva.

Pesquisadora afirma que cães podem farejar câncer com precisão

Originalmente os resultados da pesquisa foram apresentados em abril, durante a reunião anual da Sociedade Americana de Bioquímica e Biologia Molecular, em Orlando, na Flórida. A pesquisa foi liderada por Ann Junqueira, formada em medicina esportiva pela Universidade de Louisville com especialidade em medicina veterinária pela Universidade Saint Peter.

De acordo com as informações que foram apresentadas, durante um dos testes realizados os animais apontaram indícios de câncer de mama em uma paciente, 18 meses antes de o tumor ser diagnosticado por meio de um exame de mamografia.

“É um estudo complexo. Por enquanto, as pessoas podem comprar um teste, o cachorro sente o cheiro e diz se há indícios de câncer, ou não. Isso, para detectar mais cedo. Mas, é preciso ir ao médico e fazer outros exames. É uma pesquisa, não serve como diagnóstico final”, explica.

Pesquisadora afirma que cães podem farejar câncer com precisão

Para viabilizar a pesquisa, os voluntários recebiam um kit, que incluía uma máscara cirúrgica para ser usada por um determinado período. Depois, esse material era embalado adequadamente e devolvido para ser usado na pesquisa.

A pesquisadora fazia os cães farejarem a máscara e depois dava um petisco para eles. Depois, ela colocava um objeto com o cheiro junto com um pedaço de comida e escondia em algum lugar. Os cães tinham que farejar e descobrir. Além das máscaras, também foram utilizadas amostras de sangue em determinados casos.

Os cães possuem um poder de olfato muito superior ao humano. Eles contam com 300 milhões de receptadores de cheiro, enquanto o homem conta com apenas 5 milhões. Além disso, a parte do cérebro dedicada ao olfato é 40 vezes maior nos cães do que nos humanos.