Por Rodrigo Duarte

publicado em Notícias

A cidade de Gurupi, localizada no estado do Tocantins, está dando início a um projeto de distribuição de uma grande quantidade de coleiras contra a Leishmaniose Visceral para os cães. O município foi um dos escolhidos pelo Ministério da Saúde para o projeto, ainda em caráter experimental, intitulado: “Avaliação da efetividade do uso das coleiras impregnadas com inseticida para o controle da leishmaniose visceral”.

Cidade de Tocantins começa grande projeto contra a Leishmaniose Visceral

Somente no ano de 2013 a cidade registrou 11 casos da doença em humanos, com três pessoas morrendo devido a infecção que passa dos cães para os humanos. O projeto chega como uma possível solução para o problema, além de diminuir os gastos do poder público municipal com o sacrifício dos cães que são identificados com a doença.

Evitando as infecções

Cidade de Tocantins começa grande projeto contra a Leishmaniose VisceralPara tentar minimizar os problemas, e especialmente tentar controlar a infecção de humanos, o projeto consiste em distribuir para os cães uma coleira feita especialmente para o projeto, com uma dose de deltametrina a 4%. Este é o princípio ativo recomendado pela Organização Mundial da Saúde como uma das formas mais eficientes de controle da doença.

O inseticida não é prejudicial para o cachorro e consegue manter afastado do cão insetos que são considerados os transmissores da leishmaniose (flebotomíneos), com as moscas e os mosquitos. Além disso a coleira também consegue afastar carrapatos e pulgas dos cães.

Testes

Como ainda se trata de um projeto experimental de alto custo, já que as coleiras são relativamente caras e a população de cães é muito grande, o Ministério da Saúde autorizou a distribuição do acessório para oito bairros. Os locais foram escolhidos com base em um estudo que levantou os principais focos da doença na cidade.

Além da distribuição das coleiras para os cães, os órgãos de saúde que estão envolvidos no projeto também terão a tarefa de monitorar todos os cachorros destes bairros para atestar ou não o surgimento da doença. Na primeira etapa que está começando na próxima semana, serão 2 mil coleiras distribuídas e cadastros feitos com os animais da região.