Por Rodrigo Duarte

publicado em Notícias

O Serviço Penitenciário da Argentina anunciou o lançamento de um projeto interessante que vai colocar cães ao lado de pessoas que foram condenadas e que estiveram presas no País. A ideia é utilizar o adestramento dos cachorros como uma ferramenta que permita aos ex-presidiários serem reinseridos na sociedade depois de terem cumprido a sua pena.

Cães vão ajudar na reabilitação de presos na Argentina

De acordo com as informações que foram divulgadas sobre o projeto, ele será destinado aos presos que estão cumprindo o final da sua pena. A ideia é que os animais possam lhes prover uma ajuda emocional, além de oferecer algumas possibilidades de reinserção no mercado de trabalho.

Pegadas da Esperança

O nome do projeto é "Huellas de Esperanza" (pegadas da esperança, em tradução livre). O programa está passando por uma fase experimental desde o ano de 2011. A ideia é promover a integração destes animais com os detentos que estão prestes a deixar a cadeia. Os cachorros passam por um pré-treinamento, mas são os próprios detentos que adestram os animais com a supervisão de profissionais da área.

Depois que estes cães são adestrados e os presos saem da cadeia, os animais são doados para outras pessoas que necessitem de ajuda, como é o caso de pessoas que tenham algum tipo de deficiência motora. Desta forma, além dos presos terem uma ocupação com o animal, eles acabam ainda ajudando as pessoas que realmente precisam de um cão treinado e adestrado no seu dia a dia.

Cães vão ajudar na reabilitação de presos na Argentina

Mesmo depois que os animais são doados para pessoas com necessidades, o serviço penitenciário segue acompanhando estes cães, e caso as pessoas que foram contempladas não estejam cuidando deles como deveria, o animal é novamente recolhido pelo departamento correcional.

Atualmente 12 homens e 8 mulheres estão trabalhando com os animais no processo de adestramento. Para que eles possam ser aprovados no projeto, o serviço penitenciário realiza diversos testes de comportamento para saber se realmente aquela pessoa gosta de animais e vai conseguir lidar com os processos de adestramento propostos no programa. Além disso, também é levada em consideração o histórico de comportamento do presidiário durante sua passagem pela cadeia.

De acordo com os coordenadores do projeto, os presidiários que passarem pelo programa estarão aptos a trabalharem com animais, podendo ser contratados por empresas de adestramento ou por pet shops.