Por
- Atualizado
publicado em Curiosidades
Se você pensa que a relação entre pessoas que possuem algum tipo de deficiência e os cães é atual e moderna, é melhor pensar novamente. Especialistas confirmam que a figura do cão-guia, com o objetivo de ajudar uma pessoa a superar uma determinada dificuldade causada por uma deficiência, pode ter surgido na idade média. Foram encontrados alguns registros e desenhos de cães que guiam os seus donos e que datam desta época.
Devido aos registros históricos precários relacionados a utilização dos animais na época, ainda não se sabe se existia um treinamento específico para que os cachorros tivessem estas habilidades. Mas sabe-se que a figura do cachorro como ajudante das pessoas que possuem deficiência foi utilizada com maior frequência durante um dos períodos mais complicados da história da humanidade, a Primeira Grande Guerra.
Na época, os cachorros já trabalhavam em algumas tarefas que exigiam um pouco mais de inteligência, como mensageiros, ou ajudantes no caso de resgates em determinadas situações. Mas estes cachorros também tiveram um papel muito importante depois que a guerra terminou. Muitos soldados que foram batalhar pela sua nação e que voltaram vivos acabavam apresentando algum problema, sendo que muitos voltaram cegos. A partir deste momento da história, o cão-guia realmente começou a aparecer com mais frequência na história.
Como já mencionamos anteriormente, existem registros de que já se utilizavam cães para guiar cegos na idade média, mas como a figura acabou ganhando mais popularidade no final da Primeira Guerra Mundial, um médico acabou sendo apontado como a figura que se tornou percursora no assunto e que passou a treinar os cães para esta finalidade: Dr. Stalling. Este veterinário foi o responsável pela abertura da primeira escola específica para criação de cães-guia no mundo, no ano de 1916. A partir deste momento, outras casas com objetivos semelhantes foram sendo abertas ao redor do mundo.
Importância do cão-guia
Experimente andar cinco minutos em uma rua movimentada de uma grande cidade, e você terá uma pequena noção das grandes dificuldades de ser deficiente visual. A estrutura pública de ruas e prédios não foram pensadas para pessoas com este problema, sendo que a maioria das grandes cidades ainda não conseguem disponibilizar nenhum sistema de ajuda para estas pessoas.
O cachorro que recebe um treinamento de guia permite que os deficientes visuais consigam andar pelas ruas com mais agilidade, já que o cachorro consegue fazer com que a pessoa desvie de pessoas, buracos, e qualquer outro tipo de obstáculo que possa surgir pela frente. Até mesmo na hora de atravessar a rua o cão consegue ajudar, parando e esperando o momento ideal.
Como funciona o treinamento
Ter um cão-guia não é nada fácil no Brasil. O treinamento para que os animais sejam credenciados para tal atividade é árduo, sendo que as empresa responsáveis investem muito tempo e dinheiro para formar estes animais. O governo acaba pagando por estes treinamentos, e as pessoas com deficiência precisam se cadastrar e esperar até ganhar este cão.
Durante o treinamento, o cão apresende a estar no meio de situações de estresse, sem desviar do foco. Por isso que este cão consegue andar pelas ruas das grandes cidades sem sair correndo para pegar algum outro animal ou para cheirar alguma coisa no meio da rua. Ele é treinado também para ser sociável com as pessoas, para que ele possa entrar em um ônibus, por exemplo, sem causar grandes problemas.