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publicado em Curiosidades
A invasão dos ativistas que resgataram centenas de cães da raça Beagle e outros animais que estavam sendo utilizados em pesquisas e que estariam sendo vítimas de maus tratos no Instituto Royal acabou decretando o fim das atividades da sede localizada no interior do estado de São Paulo, na cidade de São Roque.
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A instituição tornou público um comunicado onde explicava os motivos que levaram a direção do estabelecimento para decretar o encerramento das atividades. O principal motivo para o fechamento das portas da sede de São Roque seria a inviabilidade das atividade devido a falta do plantel dos animais, que foram praticamente todos retirados do local. O Instituto Royal afirmou ainda que não foram apenas os animais que foram levados, mas também uma década de pesquisas sérias que teriam sido perdidas em virtude da ação dos ativistas.
A nota afirma também que depois da invasão, os funcionários não conseguiam mais trabalhar com tranquilidade, e a segurança do local não conseguia dar garantias de que mais uma invasão não acontecesse. Como a instituição não estava mais conseguindo garantir a integridade física e moral dos seus colaboradores, a saída encontrada foi encerrar as atividades.
Todos os funcionários da sede foram demitidos, ficando apenas o Comitê de Ética, que ainda teria trabalho a realizar. Mas as atividades destes funcionários foram remanejadas para um local que não foi divulgado para evitar qualquer problema. A empresa não entrou em detalhes sobre o que vai ser feito com os animais que sobraram. O Instituto Royal declarou apenas que isso será decidido pelos órgãos regulatórios.
Vale lembrar também que este encerramento não acaba com as atividades em definitivo do Instituto São Roque, já que existe uma sede também na cidade de Porto Alegre que ainda continua operando.
Críticas aos ativistas
O Instituto aproveitou a nota para imprensa para continuar criticando a ação dos ativistas, chamando de roubo e também classificando como uma ação violenta tanto para a empresa quanto também para os animais que lá estavam. A empresa continua negando qualquer tipo de maus tratos aos animais, ressaltando que todos os seus procedimentos estavam dentro da lei e que ela tinha todas as autorizações do poder público para operar.
"As consequências dos atos advindos dessa equação resultaram não somente em prejuízo para a instituição, que fecha suas portas, mas também e mais gravemente para a sociedade brasileira, que assiste à inutilização de importantes pesquisas em benefício da vida humana", assinala a nota.
Relembre o caso
Na madrugada do dia 18 de Outubro, centenas de manifestantes invadiram a sede do Instituto Royal, na cidade de São Roque. A ação foi orquestrada pela internet e tinha como principal objetivo resgatar animais que estariam sendo vítimas de maus tratos. Todos os ativistas eram ligados aos movimentos de direito e defesa aos animais. Foram retirados cerca de 200 cães da raça Beagle, além de outros animais como coelhos e ratos.
Na internet, ativistas espalhavam informações relacionadas aos maus tratos contra os animais que ocorreria dentro do local. A invasão foi transmitida ao vivo pela internet, e muitos artistas apoiaram a causa no dia seguinte.
A empresa, na ocasião, registrou um Boletim de Ocorrência por furto qualificado, alegando que não existiam maus tratos contra os animais e que as pesquisas sérias que aconteciam no local eram fiscalizadas pela governo.
Atualmente a Polícia Civil e o Ministério Público estão investigando tanto o Instituto Royal quanto a ação dos ativistas.