Por Rodrigo Duarte

publicado em Curiosidades

O comportamento animal ainda segue, na grande maioria dos casos, sendo uma incógnita para a grande maioria dos cientistas. Cada vez mais cientistas se debruçam sobre questões relacionadas a percepção dos animais, especialmente os pets, em relação a nós humanos. E todos os dias teorias nascem, e também são derrubadas.

Livro afirma que gatos pensam que donos também são gatos

Recentemente um livro lançado no Reino Unido foi o responsável por trazer mais uma teoria enquanto derrubava outra que parecia estar consolidada no meio. De acordo com o "antropo-zoólogo" John Bradshaw, professor da Universidade de Bristol, os gatos não percebem os humanos como se fosse bebês. Na verdade, os nossos amigos felinos, de acordo com a teoria do inglês, nos enxergam como se fossemos outro gato.

As informações constam no novo livro lançado pelo pesquisador, que se chama Cat Sense (ainda sem tradução e previsão de lançamento no Brasil).

Gatos maiores

Livro afirma que gatos pensam que donos também são gatosJohn Bradshaw contesta a teoria que passou a ser bastante aceita no meio acadêmico nas últimas décadas em relação ao comportamento felino em relação aos humanos. É muito comum que os gatos deixem presentes para as pessoas, como ratos e outros animais mortos, principalmente quando estamos dormindo. A ideia seria alimentar os humanos, que na visão dos gatos seriam seres indefesos como uma criança.

John acredita que os felinos domésticos não enxergam em nós bebês gigantes, mas sim gatos gigantes. No decorrer das páginas do livro o pesquisador cita uma série de pesquisas feitas sobre o assunto para apoiar suas conclusões, afirmando inclusive que os gatos podem nos enxergar como “mães felinas”.

Mas em um aspecto John concorda com teorias anteriores: os gatos realmente nos enxergam como seres intelectualmente inferiores, pelo simples fato das pessoas não conseguirem se movimentar de forma “graciosa”, assim como eles fazem.

Sobre a comida, o autor afirma que os gatos não largam as presas mortas ao lado dos humanos para que eles possam se alimentar. Na verdade, ele simplesmente deixa a comida em um local onde ele acha seguro comer, que geralmente é a peça da casa onde ele mais fica. Se o felino costuma dormir com os donos, então provavelmente ele vai largar a presa ali.

Mas o felino geralmente não come o animal morto. O autor afirma que os gatos acabam se lembrando que existe uma comida mais saborosa, como a ração, esperando por ele, e acaba deixando a sua presa para trás.

Repercussão

O livro, que foi recém lançado nos Estados Unidos, não causou muito impacto no meio acadêmico. Os próprios críticos, como os do New York Times, apontam uma série de erros no livro, mas afirmam que pode ser uma boa publicação para que as pessoas entendam um pouco mais sobre a biologia dos felinos.