Por
publicado em Curiosidades
De acordo com dados do Ministério da Saúde, hoje no Brasil existem aproximadamente 5,5 milhões de pessoas consideradas deficientes visuais. Apesar desta grande quantidade de pessoas sem condições mínimas de conseguir enxergar, o Brasil ainda possui uma série de problemas estruturais que dificultam ainda mais a vida dos cegos.
São ruas com buracos e sem calçadas, falta de sinais de semáforo específicos para pessoas com a deficiência, falta de treinamento dos prestadores de serviço para atender as pessoas com dificuldades, dentre outras questões sérias.
Por isso, uma saída cada vez mais procurada por estas pessoas é a aquisição de um cão-guia. Trata-se de um processo lento e demorado, mas que acaba valendo muito a pena quando a pessoa finalmente consegue adotar um cachorro que vai ajudar nas tarefas do dia a dia.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, atualmente existe uma lista de espera com mais de 2 mil nomes, aguardando a sua chance de ter um cão-guia. Além disso, um pouco mais de 70 pessoas contam com este recurso na cidade.
Como conseguir um cão-guia
A maneira mais fácil de conseguir encaminhar uma solicitação de cão-guia é através de ONGS de apoio as pessoas que sofrem com deficiência visual. Todas as capitais contam com este tipo de instituição que ajuda as pessoas no encaminhamento de todo os papeis necessários para se pedir um cão treinado que servirá como guia.
Mas, antes de iniciar o processo, os portadores da deficiência devem estar munidos de alguns documentos e certificados. Ele deve comprovar as seguintes condições:
- Estar legalmente cego;
- Possuir boa saúde física e mental;
- Ser capaz de prover alojamento adequado e querer o cachorro para propósitos de mobilidade;
- Provar que cursou ou está cursando, pelo menos, escola secundária (Nível Médio).
Existem ainda algumas outras etapas que envolvem o processo. A pessoa, depois que levar todos os documentos, ainda precisa preencher uma ficha detalhada contando os motivos que estão levando ela a solicitar um cão-guia. Algumas instituições ainda fazem uma entrevista com o candidato. Apenas a partir deste momento é que eles estarão habilitados para constarem na lista de espera.
Os candidatos não podem escolher a raça do cão, esta é uma seleção feita pelos profissionais que trabalham nas ONGs. Dentre as raças mais utilizadas para este trabalho estão: pastores alemães, labradores e golden retrievers.
Depois que os candidatos ganham o cachorro, eles ainda passam por uma fase de adaptação ao animal, sendo que esta etapa acaba sendo acompanhada de perto pelas pessoas que trabalham nas ONGs. Somente depois desta etapa é que a pessoa ganha a guarda legal daquele cão.