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publicado em Curiosidades
Uma das curiosidades que muitas pessoas possuem relacionadas aos seus animais de estimação é sobre como eles enxergam o mundo à sua volta. Afinal de contas, sabemos que eles enxergam bem, em muitos casos melhor do que os humanos, mas será que eles conseguem ver as mesmas coisas que os humanos estão vendo? Pesquisadores e cientistas pesquisam há muitos anos respostas para estas perguntas.
Saber como um determinado animal enxerga sempre é um trabalho complicado, pois é necessário um profundo conhecimento do formato do olho do animal e de suas configurações. Hoje em dia, com a tecnologia mais avançada, os cientistas conseguem fazer algumas simulações do que os gatos podem estar enxergando naquele momento, com base nas informações relacionadas as funções de cada parte do olho.
Como os gatos pertencem a família dos felinos, eles acabam tendo uma estrutura do olho muito semelhante com outros parentes. Por isso, acabam apresentando algumas particularidades e características bem peculiares.
Cores
A percepção das cores nos felinos acabam sendo bem diferentes dos humanos ou até mesmo de outros animais, como os cachorros. Isso porque, em toda estrutura ocular, a percepção das cores acabam dependendo de determinadas células que precisam estar presentes para que as pessoas ou animais consigam diferenciar cores. São justamente problemas nestas células que causam o chamado Daltonismo, onde as pessoas simplesmente não conseguem diferenciar cores semelhantes.
Estes elementos que fazem parte da estrutura ocular possuem o formato de cones. Nos humanos, existem três tipos de cones diferentes que percebem as cores de todo o espectro visível de luz. Já nos felinos existem apenas dois tipos diferentes destes cones. Por isso, de acordo com diversas simulações que já foram realizadas, os cientistas acreditam que os gatos consigam diferenciar o verde e o azul, e também consigam enxergar vermelho, laranja, amarelo e tons de cinza.
Hábitos noturnos
A forma como um animal enxerga o seu mundo ao redor está diretamente relacionada ao comportamento que este animal desenvolveu ao longo dos anos. Por exemplo, animais que possuem um hábito de vida noturno acabam desenvolvendo um tipo de visão que consegue funcionar mais nesta parte do dia. Os gatos se encaixam neste grupo. Como seus descendentes possuíam o hábito de caçar de noite, eles não precisam de uma estrutura ocular que fosse avançada ao ponto de diferenciar todos os tons de cores que surgem durante o dia.
Por isso, acabaram desenvolvendo alguns outros elementos que se adaptaram mais a este estilo de vida. Existem células nos nossos olhos que são chamados de bastonetes, e que permitem que se consiga enxergar em ambientes que tenha pouca quantidade de luz, o que acontece durante a noite. Para se ter uma ideia de quão bem os gatos conseguem enxergar com as luzes apagadas, os humanos possuem apenas 120 milhões de bastonetes nos seus olhos, contra quase 200 milhões dos gatos.
Um outro recurso que também está relacionado a capacidade de enxergar em ambientes com pouca luminosidade é uma membrana que está dentro do olho e que se chama “tapetum lucidum”. Ela consegue refletir a luz na cavidade e reestimula a retina, o que também ajuda na hora de enxergar durante a noite e também cria o efeito de brilho dos olhos dos gatos no escuro.