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publicado em Comportamento
O caso recente de um cachorro que foi morto envenenado, e que também acabou sendo agredido durante seus momentos finais de vida, acabou criando mais uma polêmica, exposta especialmente nas redes socias. Enquanto a grande maioria das pessoas se comovem com a morte do animal, existe uma parcela considerável da população que entende como um exagero as manifestações.
Este não foi o primeiro caso e, certamente, não será o último. Uma série de pesquisas e de estudos já foram feitos e comprovam: existe uma grande sensibilização das pessoas quando o assunto é cachorro
Uma pesquisa do ano passado, publicada na revista Society & Animals, revela que as pessoas acabam se sensibilizando mais com cenas de agressões contra cachorros do que com cenas que envolvem outros humanos. A única exceção é quando os humanos em questão são bebes.
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores analisaram a reação de 240 estudantes de graduação a casos de espancamentos de cães e pessoas. Na primeira parte do estudo, os voluntários leram uma notícia fictícia cujas vítimas poderiam ser um cachorro (filhote ou adulto) ou um ser humano (um bebês de 1 ano ou um adulto de 30). Apesar de os textos serem parecidos, o fato de a vítima ser animal – independente de ser filhote ou adulto – pareceu instigar maior empatia no participantes. A comoção para os caninos só foi menor quando a notícia envolvia bebês.
Outros estudos mais antigos já comprovaram essa relação que os humanos fazem entre cachorros e crianças pequenas. Pesquisas também mostra que a empatia entre homem e cão é mútua. Cães acabam, de alguma forma, se solidarizando com seus donos, especialmente quando eles estão tristes.
Com tudo isso, os cientistas entendem que os cães despertam os mesmos sentimentos de proteção do que os bebês. E isso se dá principalmente pela relação construída entre cachorros e homens ao longo dos últimos 15 mil anos, o que acabou tornando o cachorro uma espécie animal completamente diferente do resto.