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publicado em Comportamento
Muitos exercícios e metodologias utilizadas para fazer com que os cachorros consigam aprender determinados truques ou assimilar alguns tipos de comportamento são iguais, independente da raça. Mas pesquisas recentes comprovam que este tipo de treinamento nem sempre será o mais eficiente, uma vez que a raça dos cães precisa ser levada em consideração.
O estudo, liderado por Evan MacLean, um psicólogo da Universidade do Arizona (nos Estados Unidos), fez um esforço que possibilitou a analise dos dados comportamentais de cerca de 14 mil cachorros de 101 raças diferentes. A pesquisa esta sendo feita desde o ano de 2003, e já contou com a participação de mais de 50 mil pessoas.
As informações foram consultadas no “Canine Behavioral Assessment & Research Questionnaire” (C-BARQ), uma espécie de teste de personalidade de animais de estimação desenvolvido por James Serpell, pesquisador da Universidade da Pensilvânia. O C-BARQ faz perguntas como: "O que seu cão faz quando um estranho chega à porta?"
Com isso, foi possível caracterizar 14 aspectos da personalidade de seus animais de maneira objetiva, incluindo a capacidade de adestramento e tendências à agressividade. No total, foram identificados 131 aspectos no DNA de um cão que podem acabar ajudando a moldar 14 traços-chaves de personalidade. Juntas, essas regiões do DNA explicam cerca de 15% da personalidade de uma raça de cachorro, com cada uma exercendo apenas um pequeno efeito.
Por isso, os pesquisadores concluíram que o DNA acaba interferindo diretamente nas habilidade dos cães, e isso pode ajudar ou dificultar determinadas atividades ou comportamentos desenvolvidos pelos treinadores ou pelos próprios donos em relação aos seus cães.
Por exemplo, o Pastor Alemão é um cachorro mais leal, e vai acabar se esforçando mais para agradar e proteger as pessoas que fazem parte da sua família. Já o border collie acaba tendo mais facilidade em aprender atividades que estejam relacionadas a tarefas cotidianas, por exemplo.