Por Rodrigo Duarte

publicado em Comportamento

Uma frase bastante comum que as pessoas costumam falar ou ouvir é “prefiro bicho do que gente”. São muitos os que realmente acabam se identificando com este tipo de pensamento, e alguns sentem até um pouco de culpa. Mas pesquisas mostram que esse numero é maior do que se pensa.

Estudo afirma que pessoas se importam mais com cães do que com outras pessoas

De acordo com uma pesquisa publicada recentemente pela revista Society & Animals, os humanos, de fato, acabam se importando mais com os cachorros do que com as outras pessoas que estão ao seu redor.

Para comprovar a tese, pesquisadores da Universidade de Northeastern, nos EUA, entrevistaram 240 pessoas, todas elas estudantes de graduação, que tinham idade entre 18 e 23 anos. Todo mundo recebeu uma notícia falsa de um jornal, apresentando um suposto relatório da polícia no qual a vítima fora atacada com um taco de beisebol e acabou inconsciente, com membros quebrados e outros múltiplos ferimentos.

Os testes tinham apenas uma diferença: a identidade da vítima. Existiam quatro relatos iguais, mas que colocavam diferentes indivíduos: uma pessoa adulta, um bebê, um cachorro adulto e um filhotinho.

Estudo afirma que pessoas se importam mais com cães do que com outras pessoas

Com base nas respostas dos participantes, os cientistas criaram uma espécie de escala, de acordo com os resultados obtidos após as respostas. A hipótese deles era a de que a vulnerabilidade – medida pela idade – seria o principal fator de decisão, e não necessariamente a espécie.

No final da pesquisa, os que tinham maior índice de empatia foram os recém-nascidos, seguidos bem de perto por filhotes e cães adultos, seguindo exatamente essa ordem. As pessoas mais velhas ficaram em último lugar.

Quando os cientistas analisaram mais de perto os dados, a idade era um fator realmente levado em conta quando o assunto era espécie humana. O mesmo não acontecia quando as coisas eram relacionadas a espécie humana. Se forem excluídos os bebes da equação, os pesquisadores viram que, durante os testes, havia maior angústia dos participantes ao saber do abuso de animais do que com a agressão a um adulto.