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publicado em Comportamento
Por mais que agrande maioria das pessoas já estejam acostumadas com os hábitos caninos, alguns deles ainda podem causar um certo constrangimento em determinadas pessoas. Nem todo mundo consegue ficar à vontade quando o seu cachorro faz de tudo para cheirar o rabo do cachorro do vizinho, por exemplo.
Mas, afinal de contas, por que os cães gostam tanto de cheirar a traseira dos outros cães?
Busca por informações
O ser humano conta com o desenvolvimento dos seus cinco sentidos de uma forma muito semelhante. Ou seja, as pessoas de um modo geral não possuem um dos seus sentidos muito mais desenvolvido do que os outros. No caso dos cães, o olfato acaba sendo o sentido mais aguçado, funcionando muito melhor do que sua visão, por exemplo.
Quando um cachorro conhece um outro individuo da mesma espécie, ele fica curioso em busca de informações relacionadas ao estranho. E neste momento é que entra o hábito de cheirar o rabo dos outros cães. Isso acontece pois basicamente todas as informações importantes e pertinentes para o cão sobre outro cão estão localizadas na parte traseira do corpo do animal.
Ali está localizado o saco anal dos cães, que abriga uma série de glândulas que liberam substâncias que acabam entregando tudo sobre o animal: desde o seu sexo, passando pelo seu estado emocional, a sua raça, e até mesmo o que ele anda comendo ultimamente. E toda esta informação, apesar de não ser processada de forma consciente pelos cães, acaba sendo compreendida pelo cérebro canino.
Comunicação química
Os cães não são os únicos animais da natureza que desenvolveram o que é chamado de comunicação química. Muito pelo contrário, grande parte das espécies conhecidas pelo homem conseguem estabelecer algum tipo de processo de comunicação através dos cheiros. Mas como os cães acabam estando mais presentes no cotidiano das pessoas, este processo acaba sendo mais facilmente percebível.
Um dos grandes responsáveis para que este processo de comunicação realmente seja efetivo é o chamado órgão de Jacobson, projeto especificamente para que as informações que constam nos cheiros sejam enviadas diretamente para o cérebro, sem que elas sofram interferência de outros odores, como o das fezes do animal.