Por Rodrigo Duarte

publicado em Comportamento

É fato que os cães são animais extremamente amigáveis, e compartilham algumas semelhanças genéticas com as pessoas que nasceram com um transtorno de desenvolvimento que é conhecido como o oposto do autismo, o que torna as pessoas hiper sociais.

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Este estudo aponta variações em dois genes relacionado ao comportamento social que ocorre de forma extrema nos cães, e também nas pessoas que nascem com a síndrome de Williams- Beuren.

Com isto, as pessoas que possuem esta condição tendem a ser bastante extrovertidas, empáticas, interessadas no contato visual prolongado, e propenso á ansiedade e podendo ainda ter dificuldades leves a moderadas de aprendizagem, bem como deficiência intelectual.

Como foi feita a pesquisa?

Pesquisadores estudaram 18 cães domesticados e 10 lobos cinzentos de cativeiro para verificar o quão social eles são com as pessoas e como é que eles realizavam as tarefas de resolução dos problemas.

Assim que receberam a tarefa de levantar uma tampa de uma caixa para ganhar uma salsicha, os caninos acabaram sendo classificados conforme o quanto eles se voltaram para um humano na sala para que possa obter ajuda.

A partir disto, os lobos eram mais propensos a descobrir como obter alimento do que os cães, estes que eram mais propensos a olhar com ansiedade para pessoas que estivessem por perto.

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A grande diferença parece estar no olhar persistente do cão em direção ás pessoas, e ainda em um desejo de buscar por uma proximidade prolongada das pessoas, além dos pontos que você espera que um animal adulto tenha este tipo de comportamento.

As mudanças não aconteciam de forma idêntica nos humanos e cães. Nos cães, as inserções genéticas, que foram chamadas de transpósons, nessas regiões genéticas estavam ligadas uma forte tendência a buscar contato humano. Muitos dos transpósonos foram encontrados apenas em cães domésticos e não em lobos.

Já nas pessoas por sua vez, a supressão dos genes dessa região, no genoma humano está ligado á síndrome de Williams-Beuren.

Não foi encontrado um gene social porém, um componente considerado genético que altera a personalidade do animal e o ajuda no processo de domesticação dos lobos selvagens para o tornar um cão manso.