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publicado em Adestramento
A palavra “enforcador” assusta muita gente. Mesmo assim, ainda é um objeto que realmente faz parte do cotidiano de muitos criadores de cachorros. A chamada coleira da obediência costuma ser utilizada geralmente para cães de porte maior ou aqueles que apresentam um comportamento mais feroz.
Hoje em dia as coleiras enforcadoras mudaram um pouco quando comparadas com os modelos mais antigos. Eles trocaram o metal por materiais mais leves, como o nylon, que traz também estampas mais coloridas e alegres. Mesmo assim, este tipo de coleira pode apresentar os mesmos riscos.
Especialistas afirmam que este tipo de coleira traz uma série de riscos para a saúde dos animais. E não estamos falando apenas dos ferimentos que elas podem acabar causando quando utilizadas para inibir o comportamento dos cães. O enforcador também causa traumas no cão, tanto físicos quanto psicológicos.
Diferentemente das coleiras comuns é que a coleira segue livre, como se fosse uma correia. Ela continua apertando enquanto o cachorro puxar. Quando o dono coloca a coleira enforcadora no cachorro, toda vez que ele estiver puxando, para um lado ou para o outro, ela apertará na mesma proporção.
Dentre os problemas que este tipo de coleira traz para o cão está a possibilidade de um principio de asfixia. Além disso, os cachorros podem acabar ficando ainda mais ansiosos e irritados, aumentando o seu nível de estress, indo de encontro ao que seria o objetivo principal da coleira.
Especialistas afirmam também que a utilização da coleira enforcadora pode aumentar a pressão intraocular, desencadeando problemas oftálmicos no futuro, lesões na traqueia e lesões cervicais, e lesão em tireoide, sendo apontado como uma possível causa do hipotireoidismo.
O recomendado é usar outros tipos de coleira, como o peitoral. Existem modelos educativos que fazem com que o cachorro perca o equilíbrio quando ele tenta puxar para um dos lados, e pode ajudar muito no processo de educação.